Maldita dor que virou rotina.

Eram duas da manhã e eu continuava acordada. Tinha-te ligado um pouco antes mas rejeitaste a chamada, eu queria apenas ouvir a tua voz. Já faz dois meses que não te vejo. Bateu uma saudade tão forte. Será que sou só eu que penso em ti ? Não consigo acreditar que não te lembras de mim quando vais dormir, quando acordas, sei lá, a qualquer hora. Os meus dias ficaram tão compridos ultimamente e eu não sei o que fazer mais senão pensar em ti. Não sei onde nem como arranjar tarefas que me cessem o pensamento  Não sei como frear as lágrimas diante da nossa música. Não sei como vencer esta dor que me atormenta e este silêncio que nada preenche.

Eu não suporto mais, eu admito-o. Não me deixes aqui esperando pelo teu abraço se ele não virá. Não me faças chorar na esperança que venhas secar estas lágrimas se nunca o farás.

Como eu queria, como eu queria que tudo isto acabasse o mais rápido possível. Esta dor que domina o meu corpo e cada vez mais toma parte do meu interior. Essa agonia que eu nem consigo expressar em meras palavras. Tudo o que posso dizer é que dói, dói muito. Queria que o percebesses.

Finalmente percebi, vou sofrendo na mesma proporção que te amei: muito.