Surpresa: a última carta.

Senti saudades. Aquela saudade de "nós", sabes!? Queria surpreender-te. Talvez fugir daqui e ir ver-te, ficar contigo e perder-me nos teus braços. Depois acabei por arranjar outra forma de surpreender-te: escrever. Mas escrever-te pela última vez. Deixar-te aqui a última carta.
Será a última, mesmo que me custe, mesmo que chore muito, mesmo que depois me arrependa; será a última.


Antes de tudo, peço desculpa se alguma vez te fiz mal. Desculpa se sempre senti imensos (e destaco: imensos!) ciúmes, mesmo que nunca te tenha dito. Desculpa pelas tantas vezes que comecei a discutir sem nexos ou que chateei-me sem tu o mereceres.
A verdade é que guardo muitas dores dentro de mim. Não te estou a culpar por estas dores, mas acho que quando se ama o suposto é darmos ao próximo o nosso melhor e transmitir felicidade, por isso é que eu não percebo a razão de estas dores existirem. Tu percebes? Se sim, explica-me.
Nunca quis pôr as coisas nestes pontos, mas tentei uma vez e tu fingiste que nada se havia passado. Nunca te contei que nessa altura chorei durante duas noites, que estava a dois passos das porta do comboio para ir ter contigo e olhar-te nos olhos. Nunca te contei que tenho uma foto tua na minha mesa de cabeceira. Nunca te contei tantas outras coisas e não foi por não querer contar, foi porque tu nunca quiseste saber.
Outrora eu escrevia a pedir que alguém te contasse que estou apaixonada por ti, hoje eu escrevo porque quero que alguém te conte que preciso que saias da minha vida.
Custa, custa mesmo. Dói, claro que dói. Mas toda a dor é passageira. Tento recapitular esta frase na minha cabeça sempre que sinto que estou prestes a ir abaixo e acredita, isso tem acontecido com tanta frequência!
Todas as vezes em que eu tento afastar-me tu apareces e ages como se fosses de facto um príncipe. Porém, sempre que eu preciso de ti e de todo o teu carinho, tu foges, desapareces, não estás lá para mim, não sabes como me sinto. Que jogo monótono! Apareces tão perfeito e partes sempre mais um pouco deste coração que só te guarda a ti dentro dele. Não vamos dar mais oportunidade um ao outro, sabemos bem que não vai adiantar de mais nada.
Vou sentir muitas saudades. Vou chorar, ter insónias, falta de apetite, descabelar, roer-me de vontade de te ter de volta, mas tudo há de passar. Certamente que sim.
Nenhum amor justifica tantas idas e voltas. Não há tamanho possível de sentimento que justifiquem a tua falta de atenção.
Desculpa!

Com respeito,
Viktoriya K.

2 comentários:

  1. Hey Vik, antes Neymar do que Messi ;)
    Também te segui. :*

    ResponderEliminar
  2. obrigada pelas tuas palavras e por me seguires ;)
    a tua carta esta simplesmente linda e ao mesmo tempo triste, em cada palavra que escreveste identifico-me tão bem contigo, consigo perceber exatamente aquilo que sentes.

    já te estou a seguir :)
    beijinho

    ResponderEliminar