«Impossible».


Ela sentia-se sozinha e com muitas saudades. Ela sabia que ele nunca ia ler a carta que ela escrevera para ele, mas talvez essa fosse a razão pela qual ela escrevia. Ela apaixonou-se.
A carta continuava lá na gaveta, guardada, de forma a que ninguém a encontrasse. O texto era simples:

"Olá, amor. Desculpa chamar-te assim, mas é que ainda não me acostumei à tua partida. Quero que saibas que aquele curto período de tempo que passei a teu lado foi ótimo e eu tenho saudades tuas. Foi aventureiro e o facto de ser tão impossível tornou-se ainda mais especial e mais apetecível para mim. Queria ter-te só para mim e de uma forma completa. Por todo este amor que vive dentro de mim, peço-te só um favor, não esqueças tudo aquilo que dissemos um ao outro, aquelas lágrimas que tu viste escorrer pelo meu rosto e o abraço que me deste como forma de despedida. Não esqueças aquilo que viveste comigo, por muito curto que fosse. Não esqueças, meu bem, peço-te. Tu sabes bem que faz-me muita falta o teu sms de bom dia, o teu sorriso que me fazia sorrir e outras certas coisas que fizeram nascer e crescer este sentimento. Termino esta carta aqui, chorando, com um pouco de esperança que o destino dê um jeitinho nas nossas vidas de forma a que voltemos a encontrar-nos, livres de alguém alheio e relembrando aquele casal que nós deixamos de ser ainda antes de sermos. Não me perguntes porque me sinto assim. Nem eu sei. Amo-te."

Ela começou a chorar novamente. Maldita saudade! Ela queria-o de volta. Dizia-o e repetia milhares de vezes. Ela queria-o novamente. De trás para a frente. De frente para trás. De canto. De lado. De cima. Fosse da maneira que fosse. Ela estava a desesperar e queria ouvir a sua voz. Queria vê-lo.

1 comentário: